segunda-feira, 28 de julho de 2008

Os principais estilos ...



A um espetador não conhecedor, o estilo de Karatê praticado por este ou por aquele clube dá a sensação de não fazer diferença nem apresentar uma especial particularidade. Porém, para os praticantes dos diversos estilos, as diferenças de concepção de técnica e mesmo das bases fundamentais, são bem distintas e muitas vezes, infelizmente, irredutíveis. Cada um julga estar na posse da verdadeira ciência e do verdadeiro segredo, caminhando, pois, na via do Karatê que considera melhor. Esses pontos de vista assemelham-se muitas vezes ao fanatismo das religiões e desembocam como essas religiões, no mesmo fim. Há uma grande multiplicidade de "escolas" com diferentes estilos de Karatê. No Japão podemos contar 15 ou 20 diferentes. Estas serão as mais válidas, pois estão mais codificadas, estabelecendo o programa de ensino através dos Katas e indicando ainda os Katas necessários a uma progressão de graduação. Dessas escolas, só falarei das cinco mais importantes e conhecidas na Europa.
O Shotokan – J.K.A
O lema do estilo Shotokan, o mais codificado e diretamente ensinado e estabelecido pelo mestre Gichin Funakoshi e seu filho Yoshitaka Funakoshi, é "força, velocidade e endurance". No entanto, em princípio, é uma técnica baseada no trabalho a longa distância e em contração de movimento. Os Katas oficiais são os Taykyokus, Heians, Tekkis, Kankus e Bassai, hoje editados minuciosamente em magníficos volumes por Masatoshi Nakayama, chefe instrutor da Japan Karatê Association. Contudo, mesmo no seio do Shotokan, existe ainda nova cisão baseada no ensino dos mestres Egami e Harada, Oshima e Murakami, que dirigem a Escola Shotokai. É um estilo muito fechado, que se detém, sobretudo, sobre o aspecto mental do Karatê. O Shotokan é o estilo mais difundido na Europa (agrupando cerca de 70 por cento de efetivos do Karatê no exterior do Japão) talvez por ser a técnica mais racionalizada e com uns programas didáticos mais definidos, mais sóbrios e clássicos.
O Kiokushinkai
Não poderia deixar de citar o estilo Kiokushinkai, do Mestre Masutatsu Oyama. Oposto ao Shotokan, tem de espetacular o que o Shotokan e o Shotokai possuem de sobriedade. Os volumes do Mestre Oyama estão recheados de proezas fantásticas em testes de quebra (Swiwari). Os Katas são mais complicados e pouco conhecidos na Europa: Osurhiho, Seienchin, Garyu, etc.. A guarda de combate é estabelecida a partir de Neko-Ashi-Dachi, posição que define praticamente a particularidade do estilo Kiokushinkai. Este método é praticado em todo o mundo e bastante difundido na América, onde mestre Oyama efetou um tournée que deixou todo o público abismado com tal potência.
O Goju-Ryu
Esta técnica é a tendência de estilo do velho Mestre Higaonna. Este verdadeiro gigante, de forças hercúleas, era partidário das blocagens estáticas, para dai poder efetuar o contra-ataque em contração máxima. Daí resulta uma série de movimentos e posições mais altas e de pouca amplitude, mas de tremendo poder. Os Katas desta escola são os Sanchin, Tensho, Sanseru, Suparinpei , etc.. Este estilo é pouco estético e elegante, mas muito eficaz no combate próximo. O lema deste estilo é: "Á força opõe a surpresa, à surpresa opõe a força". O mestre atual é o Mestre Morio Higaonna, 9º Dan. Também deste estilo o mestre Gogen Yamaguchi, mais conhecido por "gato", que numa idade avançada mantinha uma forma excepcional dirigindo a Escola Associação Goju-Kai (sub estilo do estilo Goju-Ryu e praticamente desconhecido na Europa), com cerca de 6000 participantes. O mestre Gogen Yamaguchi faleceu em 1989 com 70 anos de idade. Uma das especialidades desta Escola é a execução dos Katas com uma respiração ventral sonora. Este estilo foi fundado no Japão por Chojun Miyagi e é praticado atualmente no Japão e na América. Gogen Yamaguchi, personagem e síntese do Zen-Karaté, 10.º Dan e patriarca do Goju-Kyu, é, com efeito, uma das figuras vivas que atestam o Karatê com forma quase sobrenatural. Sobrepõe-se, por isso, às querelas sobre a diferença dos estilos, tão apanágio nos graus mais baixas da Europa. Diz-se de Mestre Yamaguchi que o "seu olhar é tão penetrante corno um tigre", e o seu "poder semelhante ao de um leão". De fato, a impressão do contacto com um karateca que atingiu o fim do caminho, ou mesmo com os seus discípulos, deve ser única, pois contratar com mestres cuja evolução em "completa visão", "completa compreensão", "completa ação", "completa vocação", *completa aplicação", (as verdades do Zen), é receber deles os meios de atingir o "completo acordar", o fim do Karate-Zen, o "sayori".
O Wado-Ryu
Este estilo é a concepção do Karatê inteiramente japonesa, criada depois da guerra pelo japonês Hironari Otsuka. Este aprendeu o Karatê de Funakoshi, separando-se depois deste para ensinar o seu estilo de Karatê. Este estilo, baseado particularmente sobre as posições altas e de técnicas na maioria baseadas sobre a esquiva, tem como Katas fundamentais de ensino os Pin-An, Kushaku, Seishan, etc.. Os Katas Pin-An, diferem relativamente pouco dos Heians, podendo considerar-se os Katas Heians, como diferenças de interpretação. O sistema de treino é menos penoso que o Shotokan, não existindo a concentração de potência e sendo os movimentos menos sincopados. Este tipo de Karatê é representado na França pelo Mestre Mochizuki, conselheiro técnico da Federação Francesa de Karatê, e em Inglaterra pelo Professor Suzuki, autor do livro "Karatê-Do Wado-Ryu".
O Shito-Ryu e as escolas Coreanas e Chinesas
A técnica representada em França por Nambu foi inventada e codificada pelo Mestre Kenwa Mabuni. É a técnica de competição ideal, visando, sobretudo o combate direto contra um único adversário (em contraste com o ideal do Karatê, que é combater um número de adversários sem limite), Possui interessantes Katas, que são também estudados na Escola Shotokan: os Shozuki, Saipa, Saifa, Kosoku, etc...

Desculpas

Olá pessoal que visitam esse blog, mim desculpe pela ausência, é estive um pouco doente, mas agora estar tudo bem. Muito obrigado.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Karatê tradicional parte 2


A meta da prática do Karatê Tradicional é conter e controlar o espírito de agressão e a busca do aprimoramento do caráter.
As técnicas do Karatê Tradicional visam essencialmente: A conquista do equilíbrio físico, mental e da autoconfiança; o desenvolvimento da intuição, para perceber o ataque do adversário antes mesmo do início do seu movimento; A capacidade de analisar o adversário, para prevenir-se contra surpresas; e a formação de hábitos de saúde.
O Karatê Tradicional estimula a percepção ensinando que antecipar e evitar é atitude mais sábia do que o confronto físico em si. "Nesta arte marcial não existe agressão na sua extensão e sim nobreza de espírito", domínio da agressividade, modéstia e perseverança. "Mas quando for nescessário defender sua honra"
O Karatê Tradicional é tido como um vetor de saúde, pois proporciona ao seu praticante aptidão física total ou seja, força, resistência, razoável flexibilidade articular e sistema cardiovascular com bom nível de capacidade aeróbica, Adequação psicosocial e desenvolvimento moral, além da sensação de bem-estar, redução dos níveis de ansiedade, auto-estima, melhoria da imagem física de si mesmo e auto-conhecimento.
A prática correta do Karatê Tradicional sob orientação de instrutores qualificados, traz benefícios inestimáveis as pessoas. Ela é motivada a evitar o envolvimento com vícios nocivos à saúde e à sociedade. Exercita o respeito a humildade, melhora a autoconfiança e proporciona um adequado desenvolvimento corporal, contribuindo para uma vida saudável.

sábado, 5 de julho de 2008

Karatê tradicianal


Dar socos e chutes é muito fácil de se dar e isso se aprende em muito pouco tempo, é só treinar firme que em um mês se aprende, mas não é isso o objetivo do Karatê é bem mais alem do que se aprende nas academias hoje em dia.
Infelizmente o fator competição tem sido a causa principal dos desvios dos princípios essenciais do Karatê, pensando apenas em criar campeões.
`` Praticar Karatê, a partir dos princípios do Budo, código de honra dos samurais, nos leva os caminhos do crescimento e sabedoria e isso nos torna ser mais sábios e humildes – como diz meus sensei Jorge Agustinho ``
É muito importante antes de tudo honrar a arte deixada pelos Grandes Mestres. Praticar o Karatê não só vestir o kimono e dar socos e pontapés, é considerar o Dojo como um campo de batalha; e o kimono como uma armadora; e nosso inimigo num kumite interminável. Ao treinar encarar o treinamento como se fosse o ultimo de nossas vidas, como muita atenção como se isso dependesse de nossa sobrevivência.
O verdadeiro Karatê nos tornar pessoas sábias para enfrentar atitudes negativas e inconscientes de um ser comum.
Num mundo com tantos contrastes é uma honra pertencermos à classe dos karatecas, verdadeiros guerreiros modernos. Pois praticar o Karatê na sua essência nos coloca dentro de uma sabedoria dos Nossos Ancestrais, que dedicaram as suas vidas ensinar pessoas com personalidades saudáveis para criação de um mundo bem mais justo e melhor.

O que significam as cores das faixas de karatê?

  O que significam as cores das faixas de karatê    O que cada cor significa? Faixa branca: A cor branca, revela que seu usuário ainda é ...